terça-feira, 10 de setembro de 2013

Entrevista - Joana Valle Costa

Apresentamos aqui mais uma entrevista, desta vez com uma jovem promissora do ténis nacional feminino, Joana Valle Costa.


Fazer do ténis profissão e alcançar top 50 são objectivos que a jogadora nacional pretende cumprir!

1. Desde de que idade joga ténis? 
R: Jogo desde os 7 anos (competição).

2. Onde treina actualmente e quem é o seu treinador? 
R: Carcavelos Ténis com Rita Freitas e Nuno Correia e como preparador físico Gianni Rocha.

3. Qual  é a sua superfície preferida? 

R: Relva e rápido.

4. Tem sido difícil compatibilizar a escola com o ténis?

R: Bastante, mas consegui finalizar o ensino secundário com uma média de 15 sem ter perdido um ano.

5. O que gosta de fazer nos seus tempos livres? 

R: Aproveitar para descansar de todo o trabalho, ler e conviver com os amigos.

6. Quem são os seus ídolos/referências? 

R: Pete Sampras, o clássico.

7. Quem é o seu jogador/a favorito? 

R: Roger Federer e Novak Djokovic

8. Para si, qual foi o jogo mais difícil que teve? 

R: São todos. Mas uma referência foi na Grécia com vento a 40km/h e frio e que exigiu uma concentração completamente diferente.

9. Que torneio gostaria de vencer? 

R: Os 4 grand Slams, claro J

10. De todos os seus títulos, qual é o que lhe dá mais satisfação ter conquistado? 

R: Acima de tudo, ter sido campeã nacional de todos os escalões até sub18. Só falta o Absoluto!



11. Recente, em vários sites dedicados ao mundo do ténis, ouviu-se “rumores” de que a Joana iria abandonar o circuito profissional e iria dedicar-se ao ténis universitário nos Estados Unidos da América. A Joana confirma tal situação ou a possibilidade de tal se poder concretizar? 

R: Será sempre uma segunda opção devido ao país não ter as condições suficientes e necessárias para se criar uma atleta como eu quero ser.

12. Quais os seus objectivos para o resto desta época? 

R: Fazer torneios WTA. Retomar a competição.

13. Desde de Junho que não disputa nenhum torneio de categoria ITF 10,000 ou superior. Quais serão os seus próximos torneios a “contar para o ranking”? 

R: Não competi devido ao querer finalizar como deve ser o ensino secundário e libertar-me desse cansaço para voltar a sentir como me queria. Estou a preparar a programação com a família e a equipa técnica.

14. Recentemente  venceu o torneio de Corroios e está a fazer um excelente Campeonato Nacional Individual (Sub-18), quão importante são essas vitórias para si? 

R: Foram muito importantes, porque como eu disse em cima tive 2 meses sem competir e consegui mostrar a mim mesma aquilo que valia sendo um grande desafio.

15. Quais os seus objectivos para o circuito profissional (WTA) a longo-prazo? 

R: No mínimo Top50 ;).

16. Quais as principais diferenças que encontra entre o circuito júnior e WTA? 
R: Muitas. Principalmente mentalmente e a maturidade de jogo. É preciso manter a concentração em todo o jogo enquanto no júnior qualquer deslize pode ser recuperado mais facilmente do que no WTA.

17. Prefere jogar singulares ou duplas? 

R: Não tenho preferência, é ténis.

18. Pretende fazer do ténis carreira? 

R: Adorava. Vou fazer de tudo para tal.

19. Num país “mergulhado” na crise e onde o ténis não é o desporto mais popular e muitas vezes com falta de patrocínios, para si, quais têm sido as maiores dificuldades para vingar numa carreira tenística? 

R: Arranjar mais apoios para poder jogar mais. Consegui o apoio do Califa o qual estou muito agradecida mas precisava de mais.

20. Quais as suas melhores “armas” em termos tenísticos? 

A esquerda, sem dúvida, mas o equilíbrio técnico, táctico e mental têm evoluído bastante.

21. O que considera ser o seu ponto mais vulnerável em termos de jogo?
R: Depende da adversária e há dias que o ténis não corre tão bem.



22. Quais as qualidades que aprecia ver num jogador de ténis? 
R: Humildade, competitividade e capacidade de manter um ritmo de jogo do princípio ao fim. E tem de bater na bola! Ahahah

23. O facto de ser considerada uma jovem estrela no mundo do ténis, pertencer a elite das jovens mais talentosas, isso exerce algum pressão sobre si? 
R: Quando se é favorita e uma jovem estrela, há sempre pressão mas dentro de campo faço aquilo que gosto e nem penso nisso. Faz parte!

24. O que lhe faz vibrar em court? O apoio daqueles que gostam de mim, pois isso faz com que eu me supere ainda mais e a adrenalina do jogo em si.

25. Qual é a sensação que sente ao jogar o Portugal Open e ter o público todo a torcer por si? 
R: Foi óptimo, uma experiência diferente mas a repetir com certeza J nunca me irei esquecer da minha primeira vez no Portugal Open.

26. Como foi representar a seleção nacional na Fed Cup? 

R: Um orgulho gigante ter ido representar, apesar de ter sido por lesão da Maria, mas ter feito parte foi um objectivo conseguido para mim.

27. O que é que aconselha aos jovens que querem singrar no ténis? 

R: Focarem-se em si próprios. “Alienarem-se das conversas dos bastidores” e lutar até ao fim com todas as adversidades que o ténis impõe, tais como muito trabalho, sacrifícios e gostar daquilo que fazem. Por fim que os treinadores e família digam sempre a verdade ao atleta, pois é preciso muito dinheiro para se jogar ténis.

28. Alguma sugestão para o blog? 

R: Acho o blog muito interessante, está muito bom e apoia o Ténis Nacional J



Entrevista realizada por: José Pedro OIiveira Pinto

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