Federer e Nadal marcam duelo aguardado nos "quartos" em Indian Wells; Djokovic e Murray juntam-se aos "Big Four" nos quartos-de-final em Indian Wells

Antes de entrarem as principais figuras do ténis mundial, no Stadium 1 e Stadium 2 houve a confirmação dos dois primeiros quarto-finalistas. No 1º encontro do mais prestigiado court deste Masters 1000 Indian Wells, havia um encontro interessante com uma oposição de estilos, já que o sul-africano Kevin Anderson enfrentava o francês Gilles Simon. A história do encontro acabou por passar pelo momento de forma de Anderson nas diferentes fases do encontro, pois o gigante africano no 1º set esteve muito sólido e sem dar hipóteses no serviço a Simon e com isto, o resultado traduziu-se num 6-3 para Anderson. No 2º set, o tipo de jogo defensivo e em contra-ataque de Simon valeu-lhe a conquista do 2º parcial por 6-1, só que Anderson não iria voltar a se desconcentrar e a baixar a guarda. Com isto, no 3º set Anderson voltou a estar irrepreensível no capítulo do serviço e com um bom aproveitamento de pontos de break, factor determinante para o sucesso no 3º parcial e no encontro.

Kevin Anderson apurou-se, assim, para os quartos-de-final de um Masters 1000 pela 1ª vez na sua carreira e tem como adversário nessa ronda o checo Tomas Berdych, vencedor num dos encontros mais aguardados e equilibrados da jornada, não só devido à proximidade dos dois no ranking, mas também pelo excelente momento de forma em que os dois se deparam nesta época. No entanto, este desafio deixou algo a desejar, especialmente no 1º set onde Gasquet foi totalmente aniquilado por Berdych, levado a cabo por um pesado parcial de 6-1. No 2º set, Berdych encaminhava-se para uma vitória confortável mas Gasquet recuperou de um break em atraso, ainda assim o francês não conseguiu aguentar o ritmo do checo na fase terminal do 2º parcial, vencido por 7-5.

Havia muita expectativa em torno do embate de Federer e Nadal nos "quartos" em Indian Wells. O que é certo é que parece que esse entusiasmo em volta deste possível confronto, ditado pelo sorteio, está prestes a ser digerido e realizado pois ambas as "super-estrelas" conseguiram um lugar nos oito melhores de Indian Wells.

Roger Federer até podia ter ganho o encontro em sets consecutivos, no entanto, algum relaxamento e dores nas costas proporcionaram a recuperação do compatriota Stanislas Wawrinka. Wawrinka conseguiu, inclusive, roubar o segundo parcial a Federer no "jogo decisivo" ao ganhá-lo por 7-4. Ainda assim, Federer reagrupou-se a nível táctico e levou de vencida o seu amigo no parcial decisivo por 7-5, chegando aos quartos-de-final com uma vitória apertada, demonstrada pelos parciais de 6-3 6-7(4) 7-5.

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O seu próximo oponente: Rafael Nadal! O espanhol tinha um desafio em prova de fogo e que consistia no talento e poder de aceleração de Ernests Gulbis. O que aconteceu foi que, no final de contas, a consistência venceu o talento e "poder de fogo". Gulbis entrou muito bem e determinado (aliás, como tem feito desde o qualifying em Delray Beach) e colocou-se com um break de vantagem no 1º parcial, break esse que foi decisivo já que o letão de 24 anos conseguiu manter todos os seus jogos de serviço e, com isso, venceu o 1º set por 6-4. Ironia ou não, Rafael Nadal recuperou desta desvantagem, mantendo-se fiel ao seu estilo de "nunca desisitir" e ganhou o 2º set também por 6-4. Ora, no 3º e decisivo parcial era extremamente importante nunca baixar o nível, porque era o set que ia decidir o vencedor da partida. Só que parece que isso ainda deu maior consistência e vontade a "Rafa", que conseguiu ser fiel ao seu plano de jogo e tentou aproveitar algum deslize de Gulbis, que acabou por se realizar no 11º jogo do 3º set quando Nadal quebra o serviço a Gulbis e adianta-se para 6-5. Desde aí, o campeão espanhol manteve-se "com os pés colados na Terra" e acabou por concretizar a vitória nesse parcial por 7-5.

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Os outros membros do "Big Four", Novak Djokovic e Andy Murray, não imitaram Federer e Nadal porque estes venceram rumo aos "quartos" mas sem sequer perderem um set pelo caminho.

Murray entrou em acção frente a Carlos Berlocq, da Argentina e o nº 3 mundial não ofereceu muitas hipóteses a Berlocq, tal como se pode ver pelos parciais de 7-6(4) 6-4. Enquanto que no 1º parcial, "Muzza" ainda se apresentava algo discreto perante este "novo" adversário (dado que os 2 nunca se tinham defrontado anteriormente), no 2º set já se mostrou mais a par do estilo e tácticas de Carlos Berlocq. Este facto contribuiu para o break e, posteriormente, para uma maior gestão de esforço pois Murray tinha o encontro "na palma da mão" caso vencesse todos os jogos de serviço até ao final. Andy acabou por segurar até o final todos os seus jogos de serviço e assim, garantiu um lugar nos "oito melhores" de Indian Wells.

Nos quartos-de-final, Andy Murray tem pela frente um desafio "gigante" já que enfrenta o argentino Juan Martin Del Potro, vencedor num duelo desnivelado contra o veterano alemão de 34 anos, Tommy Haas. Não há muito para dizer, senão reflectir o domínio da "Torre de Tandil" perante um Haas sem argumentos para contrariar o poder de aceleração de DelPo. 6-1 6-2 é o resultado desta "coça" levada a cabo pelo número 7 mundial frente ao número 19 do ranking ATP, visivelmente cansado a nível físico e psicológico depois daquela dura vitória frente a Nicolas Almagro, onde teve de salvar match point.

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E o que dizer de Novak Djokovic!? De facto, não há palavras que possam descrever o momento de forma de "Nole"... O sérvio, número 1 mundial, além de estar a viver o seu melhor ranking, parece que está a crescer cada vez mais em confiança e em invencibilidade, diga-se de passagem. Nesta quarta-feira, Djokovic levou de vencida Sam Querrey, dos EUA, com uma vitória categórica. Isto porque, apesar de apenas ter vencido o 2º set no tiebreak por 8-6, Djokovic aplicou um "pneu" a Querrey no 1º parcial.

A próxima "vítima" para  Novak Djokovic será o francês Jo-Wilfried Tsonga, número 8 mundial. O possante francês venceu um duelo uni-dimensional e entre jogadores poderosos, tanto do fundo do court como a nível do serviço, frente ao jovem e talentoso canadiano Milos Raonic. Milos ainda conseguiu arrecadar o 1º set por 6-4, ao quebrar por uma oportunidade Tsonga, ainda assim, o francês mostrou-se mais consistente e regular nos momentos mais importantes dos parciais seguintes, levando-os de vencida por 7-5 6-4.

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