É exactamente aquilo que está a ler. Rafael Nadal, a disputar o seu primeiro torneio em hard courts desde o Masters 1000 Miami da época transacta, venceu Tomas Berdych nas meias-finais de Indian Wells para chegar à sua primeira discussão de um título Masters 1000 desde Roma em 2012 (onde acabou por vencer Djokovic na final).
O espanhol mostrou-se muito sólido e consistente ao longo do 1º set, acabando por quebrar "Birdman" apenas no perigoso e decisivo "sétimo jogo". Berdych ainda tentou ameaçar o contra-break nesse primeiro parcial, mas "Rafa" esteve imperial no capítulo do serviço fechando o set inaugural com 6-4.
Só que o checo não iria "deitar a toalha" ao chão, e esteve como no 1º parcial a jogar bom ténis e desta feita, foi Berdych quem conseguiu quebrar o saque a Nadal adiantando-se por 5-3. Só que ironia das ironias, o número 6 mundial não aguentou a pressão e quando deu por si, tinha perdido o seu serviço e permitia assim a reviravolta de Nadal. O mais curioso ainda foi que o número 5 mundial alinhou 3 jogos seguidos desde essa desvantagem no marcador e passou ao comando do encontro, o qual jamais voltaria a perder controlo conseguindo uma recuperação "à Nadal".
O guerreiro maiorquino, ainda mais motivado pelo facto de estar a um jogo da vitória, conseguiu arrecadar o triunfo ainda com algum sofrimento no jogo decisivo e colocou o seu nome na grande final de domingo com os parciais de 6-4 7-5 sobre o checo Tomas Berdych, que teve sem soluções (tal como nos últimos 11 embates) frente a Rafa.
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Quem diria que "DelPo" seria o primeiro homem a vencer "Nole" em 2013. Pois bem, parece que Del Potro alinhou uma exibição em que quis mostrar que passou de "potro a cavalo", conseguindo uma reviravolta que por vezes é o próprio Djokovic que remonta.
Foi só um jogo de ténis, no entanto, parecia um confronto de titãs tamanhas eram as trocas de bola de "cortar a respiração" proporcionadas ao público presente, que se apresentava ao rubro. É certo que nem sempre foi um encontro bem disputado, ainda assim, 2h50 era muito tempo para haver jogadas fantásticas, tanto era o cansaço e desgaste de ambos os jogadores.
No 1º set ainda haviam certas falhas de parte a parte, portanto foi um parcial que esteve pautado por algum equilíbrio já que os dois intervenientes ainda se apresentavam algo erráticos. Não obstante, Djokovic aproveitou-se de alguma desconcentração de Del Potro e o número 1 mundial quebrou o serviço do argentino no décimo jogo do primeiro parcial, adiantando-se de imediato com uma vantagem de um set no marcador.
Mas esse primeiro parcial acabou por ser bom para DelPo, já que desde aí o bicampeão do Estoril Open começou a produzir o tipo de ténis que é capaz de vencer qualquer adversário, disparando winners por todas as pancadas de fundo do court e também provocando/pressionando Djokovic a defender-se o melhor que pudesse, o que por muitas vezes provocou muitos erros não-forçados ao sérvio.
Nesses outros dois sets restantes, o vencedor do US Open em 2009 esteve em "estado de graça" mesmo quando esteve a perder no decisivo e importantíssimo parcial por 3-0. Desde então, o número 7 mundial apresentou-se "on fire" perdendo apenas mais 1 jogo no terceiro parcial e conseguindo levar a melhor sobre o sérvio, número 1 mundial, com o resultado de 4-6 6-4 6-4 e acabando com a série invicta de Djokovic, que datava desde a derrota na 2ª Ronda no Masters 1000 Paris, em Outubro de 2012.
Foi bom enquanto durou, mas o que é certo é que "Nole" perdeu a sua série de 22 vitórias seguidas para um Juan Martín Del Potro, cada vez mais, perigosíssimo para os "Big Four". A prova disso foram estas duas vitórias consecutivas sobre adversários pertencentes ao Top 3 (Murray nos QF, Djokovic nas MF) no mesmo torneio.
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