"Há coisas fantásticas, não há". Este é o lema publicitário que tanto fez furor na televisão e que começa a dissipar cada vez mais as dúvidas sobre o momento de forma de Rafael Nadal.
Não é que o espanhol, que não jogava em hard courts desde o Masters 1000 Miami da época transacta, conseguiu neste domingo vencer o Masters 1000 Indian Wells...
Na final, o número 5 mundial derrotou numa final fantástica e numa autêntica batalha, o número 7 mundial Juan Martín Del Potro.
O 1º set ofereceu um excelente espectáculo e ténis de elevada qualidade, o que se podia avizinhar como um encontro que podia ser já um dos melhores do ano. No entanto, e com todo o equilíbrio previsto, foi Nadal que entrou melhor ao adiantar-se por 3-0. Só que é preciso ter cuidado com o ténis ofensivo de DelPo que conseguiu uma excelente reviravolta para colocar o parcial em 3-3, parcial este que seria apenas confirmado no ponto de break que Del Potro aproveitou a 4-4 e que seria mesmo decisivo para o set inaugural, já que o bi-campeão do Estoril Open serviu muito bem para fechar esse 1º parcial por 6-4.
Mas eis que Rafa "surgiu das cinzas", como o quase sempre faz e mostrou toda a sua raça vencendo esse 2º set por 6-3, sendo que o maior-quino esteve a perder nesse 2º parcial por 3-1 mas continuou a lutar e acabou mesmo por surtir efeito com um ténis muito consistente e com muita intensidade para contrariar o bom ténis que Del Potro tinha apresentado durante a semana e que tinha sido viável nas vitórias frente a Murray e Djokovic.
Chega o 3º set, e com ele a decisão final do vencedor do BNP Paribas Open. Ou caía para a roja ou caía para a armada argentina, e pode-se dizer que foi um parcial com contornos físicos e mentais a um nível difícil de se apresentar. Mas quem sabe do que Nadal é capaz, sabia muito bem que em parciais decisivos Rafa é simplesmente avassalador e o próprio não quis deixar ninguém mal quanto a esse facto. O espanhol de 26 anos continuava com a toada do 2º set e continuava a oferecer muitas dificuldades a um Del Potro cada vez mais sem força anímica. E de facto isso comprovou-se no momento fulcral do encontro, quando o 2 vezes campeão no "deserto californiano" fazia o break à Torre de Tandil. Desde então, o vencedor do US Open em 2009 ainda salvou 3 match points mas o dia era de Nadal e o espanhol confirmou no seu serviço a vitória no encontro com os equilibrados parciais de 4-6 6-3 6-4 em cerca de 2h30 de um jogo em que no final viu-se, apesar da rivalidade, o respeito mútuo entre os intervenientes daquele que se pode considerar até agora como o "encontro do ano".
Ainda assim, no final o que se pôde ver foi o espelho de uma imagem "à campeão" com Rafael Nadal a festejar o seu 3º título no BNP Paribas Open e além disso, a conseguir um bónus de carreira: as 600 vitórias em encontros do circuito ATP, para não falar da subida ao 4º lugar na hierarquia mundial.
Nadal (tal como Federer e Wawrinka) irá agora abdicar da participação no Sony Ericsson Open, em Miami, de modo a preparar-se para a época da terra batida europeia onde tem muitos pontos a defender. Já Del Potro irá continuar por "terras do Tio Sam", pois o argentino será o quinto cabeça-de-série no Masters 1000 Miami.
©GettyImages |
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